Modelo VAK: a chave para uma comunicação mais efetiva

O modelo VAK representa os três tipos de canais de comunicação e aprendizagem que uma pessoa pode ter. Usar esse tipo de ferramenta auxilia na adequação da linguagem para qualquer tipo de ouvinte. Assim, é possível ganhar a confiança ou ter mais carisma ao se comunicar com alguém.

Modelo VAK -  duas mulheres conversando uma de frente para a outra

O modelo VAK

Os seres humanos, em geral, possuem 5 sentidos: tato, visão, olfato, paladar e audição. Porém, para cada pessoa, um dos sentidos se destaca em relação aos outros. O modelo VAK – do inglês visual, auditory or kinesthetic – é o que busca separar as pessoas em:

  • visuais, aqueles usam a visão mais do que outros sentidos;
  • auditivos, que usam a audição mais do que outros sentidos;
  • sinestésicos, que usam o tato, paladar e olfato como principais sentidos.

Esse modelo busca identificar por qual canal do corpo a pessoa centra sua atenção, e como ela vivencia suas experiências. Ou seja, busca entender como seu cérebro funciona e como registra certas informações. Mas será que é possível perceber o canal de alguém?

Como perceber o canal de alguém?

É possível descobrir qual o principal canal de uma pessoa através de uma simples conversa. Por exemplo, os visuais tendem a falar “você viu a música nova do Justin Bieber?”, mas música não se vê, o que sugere que o indivíduo é visual.

No caso dos auditivos, costumam dizer coisas como “me escute”, ou “ouvi dizer”. Focam sua experiência na fala e na audição. Tendem, além disso, a se adaptar muito bem a audiobooks e a podcasts, coisa que não é muito fácil para os outros dois. 

Os sinestésicos falam coisas como ”sinto que tal pessoa é falsa”. O verbo “sentir” denota sinestesia, afinal, a opinião acerca das atitudes de alguém se baseia na percepção de certos atos ou palavras. Contudo, o sinestésico foca mais nas sensações que tirou de uma certa interação.

A verdade é que uma simples expressão não é suficiente para saber qual o padrão VAK de um indivíduo. É necessário, então, que certas expressões sejam repetida muitas vezes, em situações diferentes. Além disso, é preciso atenção ao uso de jargões e vícios de linguagem, para que não ocorra uma identificação errada.

Modelo VAK pelo movimento dos olhos

Um jeito curioso de identificar o canal do modelo VAK de alguém é pela movimento de seus olhos. Assim, um jogo de perguntas e respostas sequenciais consegue fornecer uma ideia do padrão de alguém. Dito isso, existem três possíveis resultados:

  • a pessoa pode olhar para cima muitas vezes, o que implica padrão visual;
  • os olhos se movem para o lado muitas vezes, padrão auditivo;
  • muitos movimentos para baixo, padrão sinestésico;
  • lado esquerdo ligado a recordação;
  • lado direito, criação.
Modelo VAK - movimento dos olhos

É preciso deixar claro que, tentar analisar alguém com somente uma pergunta pode tornar o resultado viesado. Por exemplo, uma pessoa pode ter lembranças auditivas para certos tipos de perguntas, enquanto para outras, sinestésicas. Assim, é necessário mais de um caso para que seja possível identificar um padrão.

Somando as pistas de comunicação que a pessoa apresenta, e o movimento dos olhos, fica mais fácil identificar corretamente. Fica uma questão, contudo, de por que seria importante saber disso. Ou seja, para que serve o modelo VAK?

Para que serve e como usar o modelo VAK?

Existem pelo menos dois grandes objetivos de identificar qual padrão é seguido por alguém. Primeiro, ter noção do canal de uma pessoa ajuda numa comunicação mais efetiva com ela. Isso porque, ao saber seu canal, é possível usar palavras que lhe chamem mais atenção.

Imagine o caso de uma professora. Para cada criança, há um diferente padrão de fala e aprendizado. A melhor forma de se comunicar com alunos visuais é usar imagens e desenhos. Com os auditivos, debates e diálogos. Já com os sinestésicos, é bom deixar espaço para ação, pois aprendem fazendo.

Modelo VAK e a hipnose

O segundo objetivo é auxiliar, e muito, na linguagem hipnótica. Ou seja, para o profissional de hipnose, ou para qualquer profissional de psicologia, é mais efetivo o uso de palavras que gerem rapport com o paciente. Por exemplo, para uma pessoa sinestésica, o certo é lhe chamar atenção com aspectos sensoriais, como “sinta a segurança que você possui”.

Algumas vezes não é possível identificar qual o melhor canal para falar com alguém. Por isso, pode-se utilizar palavras genéricas para a representação, como “perceba” ou “imagine”. Contudo, identificar o padrão VAK é o melhor jeito para que o processo seja o mais eficiente possível.

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