Estado de transe: definição e classificações

Entrar em estado de transe é mais comum do que parece. Seu espectro de atuação vai desde assistir um jogo de futebol até a realização de uma sessão de hipnoterapia. Mas afinal, o que é entrar em transe? Esse artigo se propõe, então, a explicar o que é esse estado. Além disso, revelará as diferentes classificações desse mesmo fenômeno.

Definição de estado de transe

O estado de transe é um fenômeno natural, que acontece todos os dias, várias vezes ao dia, com todas as pessoas. Diferente do que muitos pensam, trata-se de um momento em que a atividade cerebral funciona acima da média. Isso porque há um aumento na concentração e no nível de percepção do que está em foco. São, em geral, quatro classificações desse estado:

  • Transe natural dissociativo;
  • Natural associativo;
  • Hipnose em vigília;
  • Induzido.

O ser humano tem alta capacidade de entrar em transe sozinho, sem precisar da ajuda de terceiros, denominado de natural. Além disso, pode entrar em estado de transe induzido com a ajuda de estímulos de um condutor hipnotista, o que torna mais fácil alcançar um estado ainda mais profundo.

Estado de transe natural

O estado de transe natural é aquele que acontece no dia a dia, mesmo que não seja perceptível. Ele pode ser classificado como dissociativo ou associativo. Além disso, há a hipnose em vigília, um estado que flutua entre esses dois tipos.

Transe natural dissociativo

O transe dissociativo ocorre quando alguém dissocia do que está fazendo. Ou seja, quando as ações e comportamentos fogem ao controle do indivíduo. Enquanto o consciente está preocupado com certas coisas, o inconsciente conduz o corpo de forma automática.

Um bom exemplo disso é o caso de alguém que se desloca para um mesmo lugar durante muito tempo. Assim, quando há mudança de localidade, seu cérebro precisa se adaptar à nova trajetória. Contudo, por conta do transe natural dissociativo, é comum fazer o caminho antigo de forma automática, sem perceber.

Natural associativo

No transe associativo, consciente e subconsciente estão juntos fazendo a mesma coisa, ao ponto de não conseguir verificar o que está acontecendo ao redor. Por exemplo, quando uma pessoa está muito focada em uma atividade, como jogos eletrônicos, é comum que ela não se dê conta de que alguém a está chamando.

Waking Hypnosis ou hipnose em vigília

A waking hypnosis, ou hipnose em vigília, é do tipo natural, que pode ser associativa ou dissociativa. Dessa forma, ocorre quando há uma sugestão sem que haja uma indução formal de transe. Ou seja, sem o relaxamento induzido por ela.

Toda vez que o médico prescreve um placebo, por exemplo, ele está usando a hipnose em vigília, na forma natural associativa. Assim, o consciente e subconsciente estão aceitando a sugestão ao mesmo tempo, pelo poder da autoridade do médico.

Como exemplo de hipnose em vigília, na forma natural dissociativa, temos o caso de um beliscão enquanto uma pessoa está focada em pintar uma parede. Neste caso, o beliscado dissocia da dor por sugestão, para continuar se concentrando na pintura.

Estado de transe - pêndulo em moção

O estado de transe induzido

O estado de transe induzido, pelo que o nome já indica, não acontece de forma 100% natural. Isso porque necessita de uma indução a um estado alterado de consciência para alcançar um estado de relaxamento profundo. Assim, exige a participação de um hipnotista, ou de um método de auto-hipnose, ou de narco-hipnose, isto é, a utilização de uma substância química que induz ao estado de hipnose.

Não é necessária uma indução formal, pode ser feita ativando uma âncora de re-indução. Ou seja, basta instalar um gatilho para que a pessoa entre em transe sozinha e rapidamente. Além disso, pode ser feita ao transformar pseudo-hipnose em hipnose, ao se basear questões fisiológicas para dizer que houve hipnose.

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