Onze mulheres já denunciaram o líder espiritual e hipnólogo Jessey Maldonado Monteiro por abuso sexual. Polícia suspeita que o número de vítimas possa ser ainda maior.
Na manhã desta quarta-feira (17), onze mulheres denunciaram à Polícia Civil de Socorro que foram vítimas de abusos sexuais por parte de Jessey Maldonado Monteiro. O homem de 49 anos atuava como técnico de raio-x no hospital municipal da cidade.
As investigações indicam que o suspeito não apenas teria cometido os crimes dentro da unidade de saúde, mas também aproveitava sua posição como ‘líder espiritual’ para cometer abuso sexual em sessões terapêuticas na casa dele.
Entenda o caso
Segundo relatos das vítimas, Jessey Monteiro utilizava o espaço religioso para ganhar a confiança das mulheres. Muitas vítimas buscavam ajuda espiritual em momentos de fragilidade psicológica. O acusado oferecia tratamentos variados, incluindo terapias, regressão, quiropraxia, hipnose e massagens. As denúncias indicam que ele contava com a ajuda de uma mãe de santo do terreiro, que recomendava os serviços dele.
O modus operandi do suspeito incluía a oferta de um copo d’água antes das terapias, alegando que a bebida funcionava como condutora elétrica essencial para o tratamento. As vítimas, posteriormente, afirmaram que ficavam sonolentas e sem força física durante os abusos, suspeitando que a bebida poderia ter sido adulterada.
Durante buscas na residência do acusado, a polícia encontrou um cenário ainda mais perturbador. Além de um celular e aparelhos de mídia, a polícia apreendeu remédios, brinquedos sexuais, seringas, munições e duas armas de fogo, uma das quais ilegal.
A Delegacia Policial de Serra Negra (SP) registrou o caso como captura de procurado e cumprimento de mandado de busca e apreensão. A polícia suspeita que o número de vítimas pode ser ainda maior, e está apelando para que outras pessoas que tenham sido vítimas do suspeito se manifestem.
Diante da gravidade das acusações, o Templo Religioso Mar da Espiritualidade, onde o suspeito atuava como membro, emitiu uma nota repudiando veementemente os crimes. A nota também destacou que Jessey Monteiro nunca foi líder religioso ou representante legal da instituição.
Como se proteger de casos semelhantes
O Jornal da Hipnose, que monitora de perto casos similares, busca conscientizar a população sobre práticas criminosas ligadas ao abuso de técnicas terapêuticas. Além disso, incentivamos as denúncias constantes de criminosos que utilizam as fragilidades de quem busca tratamentos para praticar crimes. Estamos empenhados em alertar a sociedade, ressaltando a necessidade de escolher profissionais de hipnoterapia em ambientes seguros e confiáveis.
Em meio aos recentes acontecimentos, reforçamos a importância da escolha de profissionais de saúde mental que atuem dentro dos padrões éticos e legais. A hipnoterapia, quando conduzida por especialistas idôneos, pode ser uma ferramenta valiosa para o bem-estar psicológico, sem envolvimento em práticas criminosas.
