O que a hipnose tem a ver com espiritismo? Três fenômenos explicados pela ciência

Muitos se perguntam se hipnose e espiritismo tem a ver. Na verdade, é a hipnose e a ciência que se relacionam. Isso porque, para os cientistas, o estado de transe justifica muitos desses eventos espirituais. Dessa forma, esse artigo procura explicar como a ciência usa a hipnose para compreender três desses fenômenos.

Hipnose e espiritismo - Tabuleiro Ouija sendo jogado por duas pessoas.

Hipnose e espiritismo: o que diz a ciência?

É preciso entender que a hipnose funciona, existe e é um fato científico, que pode e é usada para entender algumas situações que envolvem a psiquê humana. Por isso, é uma das formas de explicar como a própria mente pode forjar alguns acontecimentos, como falar com espíritos por meio de:

  • Tabuleiros Ouija ou Jogo do Copo;
  • Mesas que giram, falam e dançam;
  • Brincadeiras atuais como Charlie Charlie.

O transe hipnótico que causa esses eventos foi descoberto pelo químico Michel Chevreul, em 1808, e foi chamado de “efeito ideomotor”. A partir de então, os cientistas puderam entender melhor muitos mistérios que envolviam se comunicar com o outro plano.

Hipnose e espiritismo - Pêndulo com sofá ao fundo

Efeito ideomotor: o que é?

Tal evento ocorre quando o corpo se mexe de forma inconsciente e involuntária por conta de uma sugestão de movimento. Ou seja, se você desejar tempo o suficiente que um objeto se mova, seu corpo o fará sem ao menos perceber.

Chevreul provou que uma pessoa em estado de transe fazia um pêndulo se mover, enquanto acreditava estar parada. A partir daí, a hipnose desvendou alguns eventos do espiritismo com base no mesmo argumento.

Fenômenos do espiritismo explicados pela hipnose

Espíritos que se comunicam por mesas e tabuleiros geram bastante ceticismo, principalmente entre os cientistas. Por isso, o uso do transe para explicar o paranormal envolve explorar como as pessoas se sugestionam, aceitam sugestões e são suscetíveis a se hipnotizar em cada evento.

Tabuleiro de Ouija e o Jogo do Copo

Era moda brincar com o Jogo do Copo, parecido com o Ouija, nos anos 80. Para falar com os espíritos, era preciso uma mesa, um copo de cabeça para baixo, letras, números e as palavras sim e não. Cada jogador colocava os dedos no objeto, fazia perguntas e esperava as respostas.

James Randi, um cético, ficou famoso pelo desafio do milhão de dólares, em que daria o dinheiro para quem falasse com o outro plano pelo Ouija. Contudo, uma das condições era que os participantes tapassem os olhos para que não vissem o Tabuleiro. O resultado foi o esperado, nenhuma palavra foi formada.

Nesse caso foi possível notar a ausência do efeito ideomotor. Com os olhos cobertos, não sabiam para onde ir, e a tal conversa não deu certo. Portanto, provou que são as pessoas que, sem perceber, movem o objeto para onde querem, e não algum espírito.

Mesas giratórias que se comunicam

Outro exemplo são as mesas que giram, falam e dançam, populares no século 19 durante as sessões espíritas. Os participantes colocavam as mãos sobre ela e esperavam que os espíritos a movessem.O princípio é basicamente o mesmo do Tabuleiro.

As pessoas interessadas nesse tipo de contato já estão suscetíveis. Ou seja, estão vulneráveis a entrar em transes e têm alto poder de autossugestão. Dessa forma, quando acreditavam ter tido uma experiência sobrenatural, na realidade, estavam apenas hipnotizadas.

Brincadeira do Charlie Charlie

Em 2015, surgiu uma brincadeira chamada Charlie Charlie. Ela consiste em pôr um lápis em cima do outro, em cruz, numa folha escrita sim e não. Esperavam que o ser do além, então, movesse o lápis para alguma resposta.

Algumas pessoas dizem ter sofrido desmaios, convulsões e até mesmo ter visto demônios durante o jogo. Contudo, a verdade é que tal espírito não passa de uma propaganda criada para um filme. Fica claro, portanto, como o poder da sugestão altera a percepção das pessoas.

Conclusão: a hipnose tem a ver com espiritismo?

Hipnose e espiritismo são duas coisas diferentes. Contudo, o transe hipnótico explica cientificamente alguns eventos espíritas. O efeito ideomotor faz com que alguém mova um objeto sem perceber, e a sugestão o convence de que foram os espíritos. Contudo, esse tipo de evento só acontece com uma pessoa que:

  • É ou está suscetível à hipnose;
  • Consegue sugestionar a si mesma ;
  • Aceita as sugestões de outras pessoas.

Isso explica porque os céticos geralmente não tem contato com o sobrenatural. Além disso, explica porque algumas pessoas se convencem de ver demônios ou ouvir vozes. A pessoa hipnotizada, portanto, pode criar e acreditar em muitas coisas.

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