Anestesia hipnótica: as cirurgias indolores feitas com uso da hipnose

Hoje em dia, com o avanço da medicina, cirurgias são feitas de forma tranquila e sem qualquer dor. Contudo, por muito tempo, procedimentos médicos eram feitos sem nenhum tipo de anestesia. Por sorte, a hipnose permitiu que muitos pacientes pudessem não sofrer tanto. Esse artigo se propõe, então, a contar sobre a história da anestesia hipnótica.

Anestesia hipnótica - Mulher de uniforme médico em pé com uma máscara na mão

Sobre a história da anestesia hipnótica

James Esdaile foi cirurgião em uma época em que ainda não existiam meios de anestesia. Felizmente, com a ajuda do então chamado magnetismo, ou hipnose, ele foi capaz de reduzir significativamente as dores de seus pacientes. Ficou conhecido, então, como um grande nome na Hipnose Médica.

O pioneiro da anestesia hipnótica

Em 1830, com a graduação de James Esdaile em medicina, a hipnose não se chamava assim, e nem se parecia com a atual. O nome que usavam era mesmerismo, ou magnetismo, e já era referência como método de alívio de dores, até as mais intensas.

Quando, em 1842, James Braid cunhou o termo Hipnose para a reação psicológica conhecida hoje, James Esdaile estava na Índia, lugar que migrou depois de formado. Lá, ele se deparou com uma série de desafios que sua posição como cirurgião o colocava para encarar. Um deles eram as dores tremendas de alguns de seus pacientes.

Em um caso específico, James Esdaile teve de realizar uma cirurgia particularmente dolorosa em um homem. O paciente estava com tantas dores que Esdaile, sem saída, achou apropriado usar do mesmerismo para realizar a cirurgia. Assim, em 1845, se tornou o primeiro a usar a anestesia hipnótica.

A prática foi um sucesso, e a cirurgia se deu de forma indolor. Logo, Esdaile se tornaria conhecido como um grande nome da Hipnose Médica. Contudo, diferente de hoje, o processo demorava longas horas, passando até de 10 horas, por vezes. Com estudo, o tempo se reduziu, e hoje é possível que alguém entre em transe em questão de minutos.

A Igreja Católica e a anestesia hipnótica

A Igreja Católica já foi um grande expoente do pensamento ocidental. Em uma época em que grande parte da Europa se via como católica, seus dogmas eram vistos como leis. Assim, a voz do papa em qualquer assunto era muito importante para o imaginário popular. Por isso, é interessante conhecer a opinião da Igreja sobre a anestesia e a hipnose.

Anestesia hipnótica, a opinião da igreja - Papa Pio XII

Posição da Igreja sobre o uso de hipnose e anestésicos

Embora a Igreja nunca tenha sido abertamente contra a hipnose, sempre buscou fazer juízo da finalidade de a usar. Em 1847, um decreto do Santo Ofício declarou que o magnetismo animal, ou a hipnose, não constituem pecado em si mesmos. Contudo, declarou como pecado seu uso de forma ilícita.

No que tange ao alívio da dor, como a anestesia, a Igreja procurou sempre mostrar a seus fiéis a divinização do sofrimento. Ou seja, a dor, por isso só, não deve ser evitada, mas sim tomada de boa vontade. No entanto, compreendia que era decisão moral do médico definir quando seria preciso ou não o uso de anestésicos.

Em 1956, o Papa Pio XII reiterou que, de acordo com a necessidade, a hipnose para o alívio das dores do parto pode ser feita. Assim, a Igreja reconhecia a necessidade, em alguns casos, do uso dos anestésicos, seja por meio de hipnose ou química. Já em 1853, por exemplo, a Rainha Vitória do Reino Unido teve suas dores de parto aliviadas com uso de clorofórmio.

Conclusão

A hipnose conseguiu, numa época de poucos recursos, ajudar no avanço da medicina. Antes mesmo de descoberto o clorofórmio, o magnetismo já era capaz de promover cirurgias indolores. A Igreja Católica, instituição de grande influência no pensamento europeu, já em 1847 permitiu o uso da anestesia hipnótica.

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