Entenda por que Freud abandonou a hipnose e depois se arrependeu

Por que Freud abandonou a hipnose, se ela é tão poderosa? Afinal, se Sigmund Freud não aprova a hipnose, por qual motivo qualquer um deveria utilizá-la? A verdade é que, com o avanço da técnica hipnótica, Freud voltou atrás de suas críticas e reconheceu seu engano. Esse artigo, portanto, se propõe a entender melhor essa história.

Por que Freud abandonou a hipnose - fotografia de Sigmund Freud

As influências de Sigmund Freud

Freud foi uma pessoa de extrema importância na história da hipnose. Ele foi um médico neurologista nascido na Morávia, atual República Tcheca. Foi aluno de Jean Charcot, o criador do Toque de Charcot, e dele sofreu diversas influências. Além de Charcot, Hippolyte Bernheim, um médico hipnólogo, também teve significativa importância para Freud.

Ao ver os experimentos de Bernheim, em 1889, Freud teve uma “profunda impressão da possibilidade de existirem processos mentais poderosos, que no entanto permanecem escondidos da consciência do homem”. Dessa forma, ele obteve uma breve formulação de seu Modelo da Mente.

Por que Freud abandonou a hipnose?

No começo, a influência da hipnose foi bem grande na carreira de Freud. Embora ele mesmo se dissesse um discípulo de Bernheim, o hipnólogo, ele acabou por romper com essa técnica. Para Freud, a cura promovida pela hipnose tinha pouca duração, ou seja, os sintomas tendiam a voltar.

Naquela época, de fato, com o pouco conhecimento que se tinha de hipnose, as sugestões não eram realizadas da melhor forma. Além disso, outra limitação que se tinha na época era a dificuldade de pôr as pessoas em transe, seja pela demora ou pela resistência de alguns. Na época, inclusive, se achava que nem todo mundo conseguia ser hipnotizado.

Freud optou por abandonar a hipnose ao invés de tentar desenvolver métodos, técnicas de sugestão com efeito mais duradouro. Com isso, ele criou a teoria psicoanalítica, que se propunha a fazer o paciente consciente de seu problema. Assim, Freud acreditava poder realizar uma cura duradoura.

O engano de Freud

Com o avanço do estudo da hipnose, que Freud acompanhou de perto,  percebeu que os dois principais problemas não eram um problema da técnica em si. Primeiro, a hipnose tinha a capacidade de promover, sim, curas duradouras e definitivas. Além disso, o tempo até o transe diminuiu e descobriu-se que todos eram passíveis de se hipnotizar.

Por conta disso, meses antes de morrer, em 1939, voltou atrás de sua opinião. Em cartas enviadas a seu sobrinho e em registros de fita cassete, Freud confessa que “soubesse quão poderosa é essa técnica [a hipnose], (…) nunca teria desenvolvido as técnicas de psicanálise”.

Conclusão – Por que Freud abandonou a hipnose?

As influências iniciais de Sigmund Freud foram Jean Charcot e Hippolyte Bernheim, dois médicos que usavam as técnicas de hipnose. Na época, Freud considerou a hipnose como falha, apontando dois principais defeitos: a cura promovida não era duradoura; e algumas pessoas não conseguiam ser hipnotizadas.

Com o avanço do estudo da hipnose, Freud percebeu seu julgamento precipitado. Assim, voltou atrás de sua opinião poucos meses antes de falecer. Embora tenha abandonado a hipnose e perdido a chance de contribuir para seu desenvolvimento, ele continua a ser, sem dúvidas, uma das figuras mais importantes dos nossos tempos.

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