Quais os perigos da Hipnose? Sendo um processo natural, que ocorre várias vezes por dia, pode trazer algum risco para o Hipnólogo ou para o paciente? A resposta é sim, existem alguns riscos envolvidos no processo. Entenda aqui exatamente quais são.
O hipnotizado pode cair no chão
Levar ao transe rapidamente, através de induções rápidas ou instantâneas, pode causar desequilíbrio em sujeitos que estiverem em pé. O hipnotizador deve certificar-se que possui porte físico para segurar o sujeito, caso ele esteja em pé, e estar sempre preparado para segurá-lo.
Mesmo que o hipnotizado dê sempre sugestões de pernas rígidas e equilíbrio, todo cuidado é pouco.
Na clínica, quando o sujeito está deitado no divã, este perigo logicamente não existe. Em apresentações de entretenimento, esse é um dos principais perigos da Hipnose.
Remoção de sintomas
Não existe efeito sem causa. Ao invés de tratar sintomas, deve ser localizada e tratada sempre a causa. Remover o sintoma muitas vezes é insuficiente, e pode ser até perigoso.
Exemplos:
O vício em drogas representando uma fuga da realidade, sendo a droga utilizada como muleta para suportar uma depressão, por exemplo. Não adianta, neste caso, tirar uma droga, pois o paciente tenderá a buscar a substituição por outra. Deve ser tratada a depressão, não apenas o vício na droga, o qual neste caso pode ser considerado apenas “sintoma”.
A dor pode ser um indicativo de que existe algo que precisa ser tratado adequadamente, como fratura, tumor ou pedra nos rins. A dor precisa ser estudada com muita cautela. Apenas remover a dor pode ser perigoso.
Catalepsia
Catalepsia consiste no enrijecimento de um ou mais músculos. Por vezes é utilizada como entretenimento para demonstrar, sob efeito de Hipnose, maior força de um braço, ou o quanto um ser humano pode ser capaz de suportar um peso acima do limite de segurança.
A hipnose tira o desconforto, e o subconsciente mascara a dor, porém as consequências podem existir.
A Academia da Hipnose recomenda nunca fazer a ponte humana ou similar.

Falsas memórias
Todo e qualquer processo de regressão pode ser responsável por gerar memórias falsas, assim é imprescindível que o Hipnólogo tenha muito cuidado com o que fala. E cuidado como fala. Tudo que se fala pode ser uma sugestão.
Visualização criativa
Muitos sujeitos, quando hipnotizados, revivem perfeitamente toda e qualquer situação de seu passado. São capazes de ver, ouvir e sentir tudo claramente, como se fosse a primeira vez que aquilo acontece.
Além disso, em uma visualização de um local que o sujeito seja direcionado em transe, é como se ele realmente estivesse lá.
Assim, é necessário que exista o cuidado de não levar o sujeito para um local inadequado, como um que ative um trauma ou desperte sua alergia.
Exercício ilegal de medicina
No Brasil, a Hipnose é considerada Terapia Holística, ou seja, uma Terapia Complementar. O profissional de Hipnose Clínica não é considerado da área de saúde.
Assim, mesmo Doutores em Hipnose Clínica não podem dar diagnósticos, receitar remédios, tratar doenças nem prometer a cura.
Aceitar sugestões na confusão mental
A confusão mental, quando corretamente provocada, faz com que o sujeito fique em dúvida. Isso faz com que ele fique mais sugestionável, isto é, mais suscetível a aceitar sugestões.
Uma vez que você esteja em dúvida, confuso(a), rejeite toda e qualquer sugestão. Diga que não vai decidir nada naquele momento, e isole-se. Isso irá desarmar pessoas que, mesmo desconhecendo Hipnose, aproveitam-se da confusão mental para dar sugestões em seu proveito, e forçarem que a decisão seja tomada em caráter imediato, como “último produto da vitrine”, ou “este preço é para fechar agora”.
Principais mitos
Os mitos populares são extremamente criativos, e ações de Hipnotistas de Entretenimento acabam por favorecer a imaginação, criando muitos mitos. Os mais comuns são:
Risco de o sujeito não sair do transe hipnótico. Completamente impossível, o sujeito pode emergir do transe sempre que desejar.
Risco de ficar preso no passado, seja em uma vida passada ou na sua infância. Mesmo caso anterior, o sujeito pode emergir do transe sempre que desejar.
Contar segredos, perder o controle, seja físico ou emocional. É o sujeito hipnotizado que está no controle por todo o tempo, ele só faz aquilo que se permitir fazer, podendo emergir do transe quando quiser.
Conclusão
Embora constantemente fale-se que não existam perigos da Hipnose, existem alguns riscos que precisam ser considerados. Todo o resto é mito.
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