Falsas memórias: o problema das sugestões indiretas na regressão

Falsas memórias podem ser um problema na hipnose, principalmente nas sessões de regressão. Isto porque até pequenas sugestões indiretas podem comprometer a lembrança de uma memória. Cabe ao hipnólogo, portanto, evitar alguns erros. Contudo, mesmo assim, as memórias em regressão não são 100% confiáveis.

O problema das falsas memórias

O paciente em transe se encontra vulnerável a ideias, e pode aceitar mais sugestões do que deveria. Por isso, o hipnólogo deve tomar todo cuidado do mundo com o que diz.

Como evitar problemas

Numa sessão de regressão, em que o principal objetivo é ter de volta algumas memórias, é preciso redobrar a atenção. Assim, o hipnólogo deve lembrar-se que, com determinadas perguntas, pode-se criar sugestões indiretas, como por exemplo:

  • Perguntas como “você está na praia?” já criam uma sugestão indireta sobre o local que o paciente se encontra, e devem ser substituídas por “onde você está?”;
  • “Está nadando?”, da mesma forma, deve ser substituído por “o que está fazendo?”;
  • “Você é católico?” deve ser substituída por “no que você acredita?”.

Ao conduzir uma regressão é preciso deixar o paciente contar livremente sobre sua experiência. Portanto, as perguntas devem apenas direcionar o paciente. Por isso, o cuidado com sugestões indiretas é importante para manter a credibilidade da regressão.

É possível diferenciar memórias falsas das reais?

Não existe uma fórmula exata a ser aplicada na clínica que permita ao hipnólogo diferenciar memórias reais de memórias falsas. Além disso, a ausência de provas dificulta ainda mais. Contudo, em alguns casos, é possível usar o senso comum para isso.

Algumas memórias apresentam colisões geográficas e históricas, como por exemplo um hipnotizado informar estar dirigindo um carro séculos antes ao surgimento do primeiro automóvel. Por isso, memórias de regressão não são 100% confiáveis, além de se poder mentir de forma deliberada em uma regressão.

Casos conhecidos de falsas memórias

Muitos hipnólogos não agem por má fé ao criar sugestões indiretas. Contudo, existem casos em que pessoas podem implantar memórias falsas em seus pacientes de propósito. Por isso, é importante saber como escolher um bom hipnoterapeuta, para não cair em mãos ruins.

1. Nadean Cool 

Em 1986, Nadean Cool buscou um psiquiatra para auxiliá-la a superar um evento traumático. Assim, ele usou hipnose e outras técnicas sugestivas para que ela criasse memórias de abusos que supostamente teria vivenciado. 

Ele sugeriu coisas terríveis, como participar de culto satânico, bestialismo e assassinato. Quando Cool percebeu que as memórias foram implantadas, processou o psiquiatra. O caso foi resolvido fora do tribunal pela quantia de 2,4 milhões de dólares, em 1997.

2. Beth Rutherford

Em 1992 no Missouri, um conselheiro de igreja implantou falsas memórias em Beth Rutherford, sob efeitos de hipnose, que seu pai a abusava regularmente, e que sua mãe a segurava para não escapar. 

Sob direção do homem, Beth teve falsas memórias de que seu pai a engravidou duas vezes, e a forçou a abortar. Mais tarde, um exame médico revelou que ainda era virgem. Ela, então, processou o terapeuta, que a pagou 1 milhão de dólares em indenização.

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