Cientistas afastam relação entre videogames e violência

Cientistas comprovam que não há correlação entre games e violência. Ainda assim, mais um presidente coloca a culpa em videogames.

Videogames e violência - Jovem jogando videogame

Associação Americana de Psicologia errou

No ano de 2015, a American Psychological Association sugeriu em relatório uma “consistente relação entre uso de videogames violentos e o aumento de comportamentos cognições e afetos agressivos”.

O problema é que esse mesmo relatório apontava evidências insuficientes para ligar jogos com violência criminal ou delinquência. Desta forma, suas conclusões sugeriam muito mais um medo de que que, em longo prazo, novas tecnologias e imagens pudessem se transformar em violência nas ruas. O problema é que tal conclusão não é sustentada por pesquisas científicas modernas.

Observação: temos uma pesquisa científica que comprova que a hipnose provê resultados muito mais rápidos do que a abordagens da psicologica clínica, como a psicanálise ou terapia cognitivo comportamental, quando aplicada por hipnoterapeuta capacitado.

Videogames e violência: contra-argumentos

Andrew Przybylski, professor Universidade de Oxford, e pesquisador especializado em comportamento humano, publicou um estudo com mais de 1.000 adolescentes britânicos, que comprovou não havar relação entre o tempo dedicado a jogos violentos e comportamento agressivo.

Enquanto isso, a Harvard T.H. Chan School of Public Health, a Escola de Saúde Pública da Harvard University, publicou uma pesquisa em julho de 2020 que examinou meta-análises de diversos estudos. A equipe descobriu que jogos até podem aumentar algum comportamento agressivo, mas apenas em escala ínfima. 

Conforme Przybylski explica, “é normal ficar irritado ao perder um jogo”. E ao analisar um campeonato de Tetris de forma laboratorial, realmente sua a equipe conseguiu perceber sentimentos agressivos. Por fim, ele considera que “a maioria das pessoas geralmente não comete atos violentos depois de perder um jogo de golfe”.

Christopher Ferguson, Diretor do Departamento de Psicologia da Stetson University dos EUA, conclui que “ao manter jovens ocupados com coisas de que gostam, você os mantém fora das ruas e longe de problemas”.

O juiz Antonin Scalia declarou, em nome da Suprema Corte dos Estados Unidos em 2011, que “estudos psicológicos pretendem mostrar uma conexão entre a exposição a videogames violentos e efeitos danosos, porém não provam que tal exposição faça com que menores ajam agressivamente”.

Conclusão

Muitos foram os presidentes que demonizaram jogos violentos. Lula e Donald Trump, por exemplo, culparam jogos violentos pela violência fora dos jogos. Jair Bolsonaro chegou a declarar que “criança jogar game violento é um crime”. Agiram portanto de forma acientífica, isto é, sem estar pautada na ciência.

“Não tem game falando de amor. É game ensinando a molecada a matar. E cada vez muito mais mortes que na segunda guerra mundial. E tudo isso resulta nessa violência no meio de crianças” – afirmou o atual presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva.