Ciência: nova técnica torna pessoas mais suscetíveis à Hipnose

Novo estudo fornece evidências de que técnica de estímulo cerebral pode ajudar na taxa de sucesso de terapias que envolvem Hipnose. O interesse da ciência por essa questão se dá pelo fato de que a Hipnose possui bons resultados para uma gama de questões de saúde mental.

Ciência: nova técnica torna pessoas mais responsivas à Hipnose

Ciência e Hipnose: novo estudo

Sabe-se que quando bem-feita, a Hipnose pode eliminar ansiedade e depressão, pode ajudar a criar novos hábitos, reformular ideias, controlar emoções negativas, e muitos outros. É por isso, pelo seu potencial clínico, que um grupo de estudiosos se debruçou no tema.

“Como pesquisador, fiquei fascinado com as mudanças (…) induzidas por sugestões hipnóticas, enquanto como psicoterapeuta fiquei admirado com os benefícios clínicos” disse o autor do estudo Rinaldo L. Perri, da Universidade Niccolò Cusano em Roma, Itália.

“É por isso que me perguntei o que poderia fazer para aumentar a suscetibilidade de pessoas com baixa capacidade de resposta hipnótica”, completou Rinaldo.

O estudo, publicado no Journal of Clinical and Health Psychology, indica que a técnica não invasiva de redução da excitabilidade neural no córtex pré-frontal aumentou a suscetibilidade dos participantes em números próximos de 15%.

“Fiquei surpreso ao saber que os participantes com baixo nível de suscetibilidade se beneficiaram mais”, explicou Rinaldo, “a estimulação cerebral não invasiva não mudou a experiência de pessoas com alta capacidade”.

Suscetibilidade: o que é?

Chama-se de suscetibilidade a capacidade que alguém possui de entrar em transe. Todas as pessoas são suscetíveis, porém, quanto mais a pessoa o é, mais fácil e profundo o transe.

A ciência associa a capacidade de entrar em transe ao córtex pré-frontal. Assim, em geral, crianças são mais suscetíveis ao transe, por estarem ainda em desenvolvimento, jovens e adultos, por sua vez, são menos. Contudo, quanto mais idosa uma pessoa é, mais fácil se torna hipnotizá-la de novo.

Uma pessoa que não entra em transe em shows não está fadada a não conseguir em transe em uma clínica. Isso porque na terapia existem vários fatores que favorecem o transe, tais como as técnicas de rapport, atitudes mentais super positivas, entre outros.

É falso dizer que alguém que reprova em um teste de suscetibilidade não pode entrar em transe. É provável que, naquele momento, a pessoa tinha resistência. As causas podem se dar por conta de falta de concentração, medo, preocupação, e outros.

Baixar a resistência de uma pessoa e aumentar sua capacidade de ser hipnotizada é essencial para o sucesso da terapia. Afinal, o paciente que possui um bloqueio não explora as questões que o deixam doente. E, assim, não permite ser ajudado e não se cura.

Hoje, o hipnólogo possui papel essencial para baixar a resistência de um paciente. Afinal, ele é capaz de passar confiança e segurança, além de ser capaz de usar gatilhos para que a pessoa se solte. Por isso, saber escolher bons terapeutas é o primeiro passo para se ter sucesso.

A necessidade de um bom hipnólogo

De acordo com estudo científico já publicado, quando bem-feita, a hipnoterapia pode ser a maneira mais rápida e eficaz de tratar uma série de problema de origem psicológica.

Contudo, muitos problemas podem não somente continuar, mas aumentar se tratados por maus terapeutas. Por isso, é bom ficar por dentro das 8 premissas para escolher o hipnoterapeuta certo. Assim, é possível aumentar as chances de sucesso.